Um dia de luxo na Cabreira
21-12-2008
Mototurismo a 100% no Passeio de Natal MC Porto
Uma serra da Cabreira radiosa de sol e carvalhais brindou 37 mototuristas do MC Porto num feliz Passeio de Natal, neste domingo de 21 de Dezembro, dia de despedida ao Outono e boas-vindas ao Inverno.
Nem os mais optimistas poderiam prever um domingo tão ensolarado e morno. Com óptimas estradas, sinuosas e pejadas de bosques, campos e quintas, num sobe e desce de montanhas de Fafe a Vieira do Minho, a caravana – disciplinada e pontual – divertiu-se, conheceu e conviveu numa passeata que teve como pontos altos a visita à aldeia de Agra, um longo almoço ao ar livre e o regresso ao Museu da Moto Antiga de Rossas.
À hora planeada, os passeantes - em 20 motos e uma carripana cheia de criançada - partiram de Aurélia de Sousa, com o café tomado e mentalizados pela útil brifalhada. Em ritmo certo, a caravana engrossou-se adiante com mais 4 motos e uma segunda carripana que transportava um ciclomotor antigo e restaurado. Sim, claro, do Domingos Faria, o nosso único sócio que se presta a estas coisas.
Viva a serra da Cabreira
Eficientemente, o grupo passou a sucessão de auto-estradas que nos levam de forma quase gratuita até Fafe, começando aí a verdadeira passeata, pelos vales e carvalhais de Várzeacova, Bustelo, Aboim e Rossas. Neve? Nem nos picos do Gerês, ao longe. O sol dos últimos dias derreteu o imenso manto branco, dando força aos ribeiros e vida aos bosques. E as motos foram curtindo as curvas encadeadas. Que consolo...
Pouco adiante estacionava-se na aldeia recuperada de Agra, antes da hora prevista. Após a invasão ao café da terra, foi-se então conhecer os segredos da localidade, a pé. Logo surgiram as ideias de recuperar uma casa para “sede de fins de semana e Verão para o MC Porto”. Havia de ser bom, sem dúvida. Em qualquer altura do ano. E com sonhos e galhofa, lá se foi percorrendo ruela após ruela, entre espigueiros, gado, bosta e naturais bem dispostos. O dia estava mesmo a correr bem. Contavam-se anedotas encostados ao cruzeiro, invejava-se a lenha bem amontoada, faziam-se contas de cabeça para recuperar uma casinha destas.
Com as motos, andou-se mais um quilómetro e estacionou-se junto à ponte antiga sobre o Ave. Mas que bem lá se estava. Como não subimos aos fojos de lobo devido ao mau estado do caminho, sobejáva-nos tempo para tudo. Primeira foto de grupo, um pouco de pastorícia e seguiu-se o caminho até ao restaurante, passando por Anjos, Vilarchão e Pinheiro, localidades que num dia destes ficam extremamente chamativas. A Cabreira estava em dia sim.
Gastronomia na Natureza
E foi cedo que as motos estacionaram em formação junto ao restaurante do Parque, em Vieira do Minho. A lamber a beiça com a ementa, a comitiva refastelou-se no alpendre do restaurante abençoado pelo sol de Inverno. Até fomos buscar mesas ao interior, já que todos queriam ficar ao ar livre. Um luxo! A Paula e Susana deram o litro para servir o grupo, aumentado por um casal amigo do Domingos mais os nossos amigos Henrique Araújo e Sr. Costa que nos surpreenderam, a meio de giro TT. Ficamos 41 à mesa, e ficamos muito bem!
As entradas estavam excelentes, apesar do Franklin ter dado cabo do juízo a todos por não lhe ter chegado as espetadas de presunto com tâmaras. A sopa de castanha, uma delícia. Os nacos e secretos também. E o pudim de coco com frutos silvestres, idem. Demorou foi mais que o previsto. Julgavamos que em hora e meia nos despacharíamos – santa ingenuidade – e a coisa afinal esticou-se para 3 horas e 20 minutos!
As motos dos nossos bisavôs
O Dr Vieira Leite e família esperavam-nos, sabendo do atraso. O Museu está cada vez melhor. Sensibilizados pelo proprietário para não se tocar no espólio, os motociclistas do MC Porto deliciaram-se com a colecção, que começa nos primórdios das bicicletas, passa pelas primeiras motos e ciclomotores e termina nas mais rápidas motos actuais. Há peças muito curiosas pelo meio, como a Anzani que rebocava ciclistas em corridas de pista. E até algumas Donas Elviras e carros de rali.
Estivemos lá mais de uma hora, deliciados. Tiramos a última foto de grupo e deixamos duas salvas de palmas ao Dr. Vieira Leite. Muito bom.
Com regresso em caravana e ao pôr-do-sol pelo mesmo caminho - já que é o mais bonito e económico - os convivas despediram-se a 40 km do Porto na recém-inaugurada área de serviço de Lousada. Os desejos de Bom Natal ouviram-se às dezenas e assim terminou o último passeio turístico do MC Porto de 2008.
Ainda cabes na Passagem de Ano!
Para terminar o ano, ao MC Porto só falta colaborar na S. Silvestre, a 28 de Dezembro – já estão os 8 voluntários afinados – e festejar o reveillon na Estalagem Santiago. Para esta festa ainda há lugares. Força que tristezas não pagam dívidas!
Viva a serra da Cabreira
Eficientemente, o grupo passou a sucessão de auto-estradas que nos levam de forma quase gratuita até Fafe, começando aí a verdadeira passeata, pelos vales e carvalhais de Várzeacova, Bustelo, Aboim e Rossas. Neve? Nem nos picos do Gerês, ao longe. O sol dos últimos dias derreteu o imenso manto branco, dando força aos ribeiros e vida aos bosques. E as motos foram curtindo as curvas encadeadas. Que consolo...
Pouco adiante estacionava-se na aldeia recuperada de Agra, antes da hora prevista. Após a invasão ao café da terra, foi-se então conhecer os segredos da localidade, a pé. Logo surgiram as ideias de recuperar uma casa para “sede de fins de semana e Verão para o MC Porto”. Havia de ser bom, sem dúvida. Em qualquer altura do ano. E com sonhos e galhofa, lá se foi percorrendo ruela após ruela, entre espigueiros, gado, bosta e naturais bem dispostos. O dia estava mesmo a correr bem. Contavam-se anedotas encostados ao cruzeiro, invejava-se a lenha bem amontoada, faziam-se contas de cabeça para recuperar uma casinha destas.
Com as motos, andou-se mais um quilómetro e estacionou-se junto à ponte antiga sobre o Ave. Mas que bem lá se estava. Como não subimos aos fojos de lobo devido ao mau estado do caminho, sobejáva-nos tempo para tudo. Primeira foto de grupo, um pouco de pastorícia e seguiu-se o caminho até ao restaurante, passando por Anjos, Vilarchão e Pinheiro, localidades que num dia destes ficam extremamente chamativas. A Cabreira estava em dia sim.
Gastronomia na Natureza
E foi cedo que as motos estacionaram em formação junto ao restaurante do Parque, em Vieira do Minho. A lamber a beiça com a ementa, a comitiva refastelou-se no alpendre do restaurante abençoado pelo sol de Inverno. Até fomos buscar mesas ao interior, já que todos queriam ficar ao ar livre. Um luxo! A Paula e Susana deram o litro para servir o grupo, aumentado por um casal amigo do Domingos mais os nossos amigos Henrique Araújo e Sr. Costa que nos surpreenderam, a meio de giro TT. Ficamos 41 à mesa, e ficamos muito bem!
As entradas estavam excelentes, apesar do Franklin ter dado cabo do juízo a todos por não lhe ter chegado as espetadas de presunto com tâmaras. A sopa de castanha, uma delícia. Os nacos e secretos também. E o pudim de coco com frutos silvestres, idem. Demorou foi mais que o previsto. Julgavamos que em hora e meia nos despacharíamos – santa ingenuidade – e a coisa afinal esticou-se para 3 horas e 20 minutos!
As motos dos nossos bisavôs
Mas ninguém se importou. Com a melodia da ribeira a passar, os gaios a esvoaçarem pelos carvalhos robles e as piadas sucessivas da malta, o tempo passou num instante. E com um 3º briffing, lá arrancou a rapaziada para Rossas e seu bem escondido Museu da Moto Antiga. Até deu para ir à volta pela barragem de Guilhofrei, mandando o Faria directamente para Rossas, pois este já seguia garboso na sua relíquia, reluzenta e vagarosa.
O Dr Vieira Leite e família esperavam-nos, sabendo do atraso. O Museu está cada vez melhor. Sensibilizados pelo proprietário para não se tocar no espólio, os motociclistas do MC Porto deliciaram-se com a colecção, que começa nos primórdios das bicicletas, passa pelas primeiras motos e ciclomotores e termina nas mais rápidas motos actuais. Há peças muito curiosas pelo meio, como a Anzani que rebocava ciclistas em corridas de pista. E até algumas Donas Elviras e carros de rali.
Estivemos lá mais de uma hora, deliciados. Tiramos a última foto de grupo e deixamos duas salvas de palmas ao Dr. Vieira Leite. Muito bom.
Com regresso em caravana e ao pôr-do-sol pelo mesmo caminho - já que é o mais bonito e económico - os convivas despediram-se a 40 km do Porto na recém-inaugurada área de serviço de Lousada. Os desejos de Bom Natal ouviram-se às dezenas e assim terminou o último passeio turístico do MC Porto de 2008.
Ainda cabes na Passagem de Ano!
Para terminar o ano, ao MC Porto só falta colaborar na S. Silvestre, a 28 de Dezembro – já estão os 8 voluntários afinados – e festejar o reveillon na Estalagem Santiago. Para esta festa ainda há lugares. Força que tristezas não pagam dívidas!
Posted by Afonsov from Pedro do Rio, Brasil on behalf of Nestov
1 comentário:
Caro Afonsov,
Deixo-te aqui a minha homenagem pelo excelente trabalho feito em prol da tua modalidade de eleição no seio do MCP.
Quero também cumprimentar os "atletas" pelos fantásticos resultados alcançados.
A todos desejo um excelente ano de 2009.
Mustafá
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