Os vencedores das Olimpíadas de Xadrez vêm provar que no xadrez tal como em qualquer desporto os vencedores são cada mais imprevisíveis. Tal como no futebol se diz que o Brasil poderia fazer 10 selecções sem baixar a qualidade, no xadrez supõe-se que tal procedimento pudesse ser efectuado pela Rússia, contudo, o que verificamos é que as vitórias de um e outro não são assim tão frequentes. Quando o nível é tão equilibrado o que decide os vencedores são pequenos aspectos mais relacionados com a atitude competitiva e com a psicologia do jogo do que propriamente se algum jogador tem mais ou menos 50 pontos elo.
Relativamente à participação portuguesa penso que ela foi normal quer na prova masculina, quer na prova feminina. Ganhou às selecções mais fracas e perdeu com as mais fortes e não seria lógico exigir mais. Na selecção masculina é de realçar a norma do Rúben Pereira e bom torneio do Luís Galego que provou que continua a ser o melhor jogador português. Na selecção feminina é de realçar a norma da Ana Baptista e a grande margem de progressão que ela apresenta e o bom torneio da Catarina Leite que mostrou ser a jogadora com melhor compreensão do jogo em Portugal apesar da sua baixa no ranking.
Para terminar gostaria de mostrar uma excelente partida do Galego.
No xadrez para se ser bom jogador, temos de possuir 3 habilidades: compreensão do jogo ( estratégia ), visualização de temas tácticos ( material e segurança do rei ), e capacidade para calcular variantes correctamente.
Neste jogo o Galego mostrou que por vezes podem-se fazer boas partidas sem calcular muito, jogando simplesmente com o conceito.
Excelente partida a nível estratégico. Devia estar nos compêndios de como entender o jogo.
Texto e Comentários: José Padeiro
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