MC Porto segundo mais assíduo no Troféu de Moto-ralis 2008
18-11-2008
56 equipas da casa mexeram passeatas de Fevereiro a Novembro
O Moto Clube do Porto foi o segundo clube com mais participantes no 12º Troféu Nacional de Moto-ralis Turísticos 2008 da FNM, terminado neste fim de semana de 15 e 16 de Novembro, com grande passeata vimaranense.
Ena! Dirão os menos atentos. Mas a notícia é que o nosso clube perdeu o primeiro lugar deste “prémio de assíduidade”, trono que ocupava desde 1997 ou seja, há 11 anos consecutivos e desde que a FNM organizou esta tão turística “competição”!
Nada de grave até porque o MC Porto continua muito dinâmico neste sentido e neste momento temos é de dar os parabéns ao entusiasmo que se vive actualmente no Moto Galos de Barcelos, clube que levou um bonito troféu de vidro da FNM para o Minho.
Todas estas estatísticas resultaram de um “Troféu MR” de grande qualidade, com 10 passeatas de Fevereiro a Novembro, onde o MC Porto organizou a segunda jornada com a Descida do Vouga, em Março, lembram-se?À última jornada, em Guimarães, alinharam por parte do MCP o Rui Pinheiro, Gil Alcoforado, Ivo Magno e o Ernesto Brochado, sendo que este último estava a delegar o evento para a FNM. Também o Zé Maia compareceu à partida para a descoberta do belo percurso idealizado pelos Conquistadores mas uma avaria mecânica arrasou-lhe completamente o ânimo.
Ao longo do ano, o nosso destaque para o Rui “Electrão” Pinheiro e Gil “Lentinho” Alcoforado, pois participaram em 9 passeios cada! Já o Valente e Arminda e o António Pedro e Paula estiveram em meio troféu. Houve muitos outros sócios a aproveitarem estes grandiosos passeios, onde se aprende muito mais do que em um normal de caravana. Em 2009, os moto-ralis turísticos vão continuar, estando já o MC Porto a preparar a sua passeata em... Trás-os-Montes.
Aproveitamos o lanço e retiramos este texto do site da FNM:
Desbunda na Cidade Berço
O 12º Troféu de Moto-Ralis Turísticos da FNM terminou com chave de ouro uma vez mais, graças à excelente organização do MC Conquistadores de Guimarães, clube que levou a cabo a décima e última jornada, passeata bem vimaranense no fim de semana de 15 e 16 de Novembro.
O dinâmico grupo de trabalho dos Conquistadores, já calhados nestas coisas, imaginativos e bons conhecedores da sua terra, levaram a cabo a 8ª edição de um “MR”, desta vez intitulado “Viver e Sentir Guimarães”.
E os 88 participantes, em 62 motos, viveram e sentiram bem a cidade berço! A etapa de sábado foi dedicada ao concelho no geral, do cimo da Penha até ao coração de Guimarães, passando a locais emblemáticos como Oliveira do Castelo e S. Torcato, mas sempre pelos quelhos mais rebuscados e surpreendentes.
Nota-se o grande investimento de tempo por parte dos organizadores à procura dos percursos mais invulgares. Afinal, andamos de moto e estas - mesmo as turísticas - conseguem passar em locais apertados, inclinados e com brecagens reduzidíssimas. Os moto-ralis turísticos de Guimarães sempre primaram pela originalidade dos caminhos. Que continuem o bom trabalho.
O divertimento e surpresa do percurso, a quantidade de petiscos durante as etapas, o sol fabuloso de Outono e a diversidade de locais visitados fez deste passeio um sucesso.
Foi então com um tempo fora de série que os participantes arrancaram no sábado de manhã pelos bosques da Penha, entre penedos gigantescos e esquilos. Pouco abaixo, rolava-se na Costa, zona “chique” da orla da cidade onde só os abastados – como alguns futebolistas internacionais - se podem dar ao luxo de morar. E os quelhos começaram já aí. Mais coisa menos coisa, cá em baixo na cidade, visitava-se a Casa da Marcha, enorme armazém onde o entusiasta Sr. Neca guarda religiosamente monumentos e piadas populares em esferovite. São os carros alegóricos das Marchas Gualterianas, festas típicas de Agosto. Uma visita colorida! Mais a puxar para o monumental foi a seguinte, na Pousada de Santa Marinha da Costa, majestosa e possuidora de uns dos melhores jardins portugueses. Começou-se então a bordejar o concelho de Fafe, pela freguesia de Infantas e sua ciclovia, utilizando um troço da extinta via férrea. O road-book, complexo, obrigava a muita atenção e mesmo assim, de vez em quando lá se perdia alguma molhada de participantes. Mas à hora do almoço, em S. Torcato, lá estavam todos! A tarde reservou mais ruralidade, pelas margens do Ave. Recriou-se a partilha das águas pelos consortes, lavradores que utilizam a mesma linha de água. Isto enfiados de galochas num tanque com água quase até aos ditos cujos. Subiu-se ao alto do Monte de Santa Marinha, de vistas infindáveis até ao Gerês. E espantou o facto de nem todos conseguirem passar no jogo ambiental de separação de lixos recicláveis. E esta, hein? Mas ainda vão a tempo de aprenderem. Uma segunda quinta e um segundo petisco. A Motofreitas é responsável por este bem estar, bem como os incansáveis Conquistadores. E a tarde ía passando. Tal como as águas agora limpas do rio Selho, sobreposto duas vezes por pontes românicas, sendo a mais emblemática a de Roldes. Foi uma entrada muito bonita em Guimarães, entre margens, carvalhais, campos, casas rústicas e, de repente... o centro da cidade e a Praça do Toural.
E calhou mesmo bem. Faltavam duas semanas para a Festa do Pinheiro, festividades que fazem vibrar Guimarães. Por isso, centenas de jovens estudantes, de barba crescida e barrete na cabeça passaram a ensaiar o toque dos tambores e caixas. Imaginamos como será a 29 de Novembro, quando toda a cidade vier para a rua... Ambiente que foi recriado poucas horas depois, no jantar dentro do Estádio do Vitória. Boa escolha, muito vimaranense, com mais tambores e a já conhecida São Pitada a desbundar na música ao vivo. Grande noitada!
Domingo louco
A segunda etapa iria ser toda passada dentro da cidade berço, com apenas 14,6 km de condução. Nada de atraente, portanto. Mas qual quê... os organizadores meteram-nos em verdadeiras pérolas do coração da urbe como o “percurso trabalhista”, longo e estreito quelho ao longo do riacho de Couros. A linha de água servia uma série de fábricas e a margem era utilizada por milhares de trabalhadores e população em geral. Ainda se mantém, a cruzar avenidas e ruas. Que maluqueira. Ver as Paneuropeans, BMW LTs e FJRs nestes preparos, em alguns locais sem medo nem hesitações, pois das lages à água não era preciso muito. Mas as cangostas não se ficavam por aqui. Sempre por ruelas, terras batidas, calçadas e becos, lá se foi desfilando em voltas à cidade, com campos e quintas à mistura. E o centro histórico de Guimarães está fabuloso. Para além de belo e muito bem restaurado e mantido, tem vida. Mora lá gente! Novo aperitivo em café bem vitoriano (como este povo ama o clube da terra! Um exemplo!) e chega-se finalmente ao fim, com subida às muralhas do castelo onde se fundou Portugal. O D. Afonso Henriques esperava pelos participantes, recolhendo as últimas respostas e armando cavaleiro quem lhe pedia. Um grande final de um passeio que deu trabalho a preparar e posto de pé por uma equipa eficiente e completamente disfarçada, ora de guerreiros, ora de senhoras do séc. XIX, de padres ou até de mendigos.
Penta-Casimiros
Com almoçarada final, sortearam-se prémios e reconheceu-se os mais certinhos e atentos às questões, bafejados com cheques de combustível da Cepsa. As mesmas caras voltaram a subir ao palco para a entrega dos prémios finais do Troféu. O casal Casimiro sagrou-se penta-vencedor do Troféu de Moto-ralis, secundado por outra equipa do Clube Motard de São Miguel, o Fernando e Carla Silva que assim repetiram o feito de 2007. A finalizar o pódio, a Carla e João Krull do Clube Banif.
Destaque para os Moto Galos de Barcelos que ao levarem a melhor taça para casa, a do clube mais assíduo da época, destronaram o MC Porto de um lugar que manteve durante 11 anos consecutivos.
Este 12º Troféu foi o mais participado de sempre com 509 equipas distribuídas por 10 eventos. Foi um ano marcado pela excelente qualidade dos passeios e por finalmente se ter conseguido sair de Portugal Continental, graças ao memorável moto-rali do Açores.
Posted by Nestov
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