sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

MOTOCICLISTAS DO MOTO CLUBE DO PORTO, SÃO VERDADEIROS HOMENS DE BARBA RIJA



“Pinguins” na 1ª pessoa 12-01-2010

Sócios relatam fim-de-semana gélido em Espanha

Não há nada como eliminar intermediários. Até nos Pinguins. Resumindo, passamos a pena a alguns dos bravos sócios do MC Porto que rumaram à 29ª Concentração Internacional (e invernal) dos Pinguins, em Puente Duero, junto à espanhola Valladolid.

Em primeiro, o bastião do clube!

Mulheres valentes, sócios tenazes e acampamento no pinhal. Assim é que é! Vivam o Noddy e Cátia, o Cristiano e Filipa mais o Ernesto Rodrigues: Passamos-lhes a palavra:



A manhã de sexta-feira acordou fria e prometia uns Pinguins com as temperaturas abaixo do ponto de congelação.
Às 9 horas, hora da partida, só o Ernesto Brochado estava à porta do clube e perguntava-se onde andariam os “Pinguineros”. Estes ainda estavam por casa a tentar amarrar as tendas às motas. Uma vez que não havia mais sócios para se juntarem à caravana deciciu-se fazer a partida de Gaia.
Pontualississimamente atrasados lá partiram em “caravana” às 10 horas. Com apenas 30 minutos para chegar à área de serviço do Alvão onde o Zé Ernesto e a sua CBR 1100 XX estavam a chegar, a caravana liderada pelo Cristiano na sua BMW 1150 RT com a Filipa à pendura e com o Hélio e a Cátia na sua Varadero a lutar contra parafusos a desapertar e alforges a levantar voo, rolou de forma rápida e decidida chegando ao Alvão quase sem atraso.
Aqui o frio já era outro e após apresentações rolou-se de novo, parando apenas na fronteira para abastecer e em Benavente para almoçar.
Tanto frio!!!! Agora vai bem é um cafézinho. A Filipa de manhã fez um café que levou numa termos para aquecer a caravana. A termos, cuidadosamente guardada numa das malas da moto do Hélio e Cátia, teve um encontro imediato com o chão quando a Cátia descobriu que não consegue fazer malabarismo com garrafas termos!!! Solução; tomar café na área de serviço, mas, com café a 2,5€ conseguimos esperar até à concentração.
A caravana arrancou novamente e chegou a Puente Duero às 16 horas.
Ao longo da viagem o frio foi uma constante mas as nuvens que cobriam a zona da concentração faziam prever ainda mais frio... e não é que as previsões estavam certas!!?



Hércules de saias e tochas humanas

Feitas as inscrições, debaixo de uma suave queda de neve, percorreu-se o espaço de acampamento, remodelado e muito bem organizado, até encontrar um sítio onde as três tendas, as motos, a fogueira e os restantes sócios do clube que haveriam de chegar coubessem.
Montadas as tendas, hasteadas as bandeiras do clube e de Portugal, recolhida a lenha (um agradecimento especial à Filipa e à Cátia que para grande espanto dos espanhóis pegaram em lenha que nem eles podiam) e, fogueira feita, o acampamento estava pronto.
Percorreu-se o espaço, fez-se uma visita à feira e ainda houve tempo para o Zé Ernesto visitar a enfermaria após ter pisado a mão com um tronco.
Preenchidas as inscrições foram entregues os impressos com MOTO CLUBE DO PORTO escrito em letras garrafais para os que os nuestros hermanos não tivessem dúvidas de que estavamos lá.



A bandeira do clube é um marco de Portugal.
De regresso às tendas alguns “Tugas” que foram até ao Pinguins como “freelancers” decidiram juntar-se ao grupo tornando o espaço ainda mais acolhedor.
A noite de sexta-feira passou-se à volta da fogueira em conversa sobre motos, acessórios, viagens, politica, com petiscos e vinho do porto a ajudar.
A lenha verde e exegeradamente grossa é que teimava em não arder, mas o Carlos, de Macedo de Cavaleiros, sacrificou um litro da sua gasolina para ajudar a queimar; e não é que resultou?
O dia de Sábado conduziu o grupo numa visita à bonita vila de Simancas, e a uma profunda análise às tendas da concentração.
Aguardava-se a chegada de mais sócios do MCP, mas como estes nunca chegaram a aparecer, o espaço disponível foi sendo preenchido por mais alguns novos amigos que viam a bandeira do clube como sinónimo de boa confraternização e acolhimento.
À noite o MCP esteve representado no emotivo desfle das tochas através do Cristiano, Filipa, Hélio e Cátia. As tochas é que estavam um pouco mal intencionadas e pouco faltou para transformarem a Filipa em tocha humana. Resultado, muitas gargalhadas e alguns danos materiais.
O resto da noite foi passada em Puente Duero, onde a população se confundia com os “Pinguineros” e o ambiente é impossivel de descrever.
No acampamento estava o Zé Ernesto que com uma determinação inamovível, lutava contra tudo para manter a fogueira acesa. Solução!!!! Mais gasolina!!!! Isto é que é arder.



Estradas cortadas em Portugal

A manhã de domingo acordou (com)gelada, e enquanto os homens desmontavam as tendas as meninas foram para a frente do palco com a certeza que a mota lhes ia sair na rifa. O regresso iria ser feito com quatro motos... A sorte ficou em Valladolid.
Malas prontas e o regresso foi feito pelo mesmo percurso que se previa fácil.
Nevão e estradas cortadas.
A viagem corria a bom ritmo mas a partir de Benavente a neve tornou o caminho mais lento e perigoso.
Já do lado de cá da fronteira o grupo deparou-se com estradas completamente cobertas de neve e segundo a Policia, Bombeiros e Assistência da Autoestrada impossiveis de transitar. O grupo, determinado, em chegar a casa decidiu seguir em frente e após ritmos alucinantes de 10 Km/h, sustos, quedas, deslizadelas, mais quedas, boas disposição, frio e muita preserverança, chegou a Fafe onde o caminho até casa ficou mais limpo e seguro.



Feitas as contas

O grupo era pequeno, mas suficiente, o frio era muito, mas suficiente, as dificuldades eram incontornáveis, mas suficientes, os Pinguins...para o ano estamos lá!!!



Já cá faltavam...

Terminamos com outro relato bem-disposto mas mais “hoteleiro”. Agora é com muito gosto que damos a vez ao grupo do Santos “Pai Natal”, Reis, Rocha, Gabriel, João, Rui Leite e Sérgio Pinto da Costa, o autor das linhas seguintes:



Caros amigos,



Estou farto de neve.
Já na Passagem de Ano, quando seguia de carro pela A7 a caminho de Chaves e onde já tinha a família à minha espera, apanhei um nevão que cheguei a pensar passar o ano no cimo do Alvão. O que vale é que tinha um leitão, vinho e espumante no carro. Era só espetar o espumante e o vinho na neve para refrescar e como o leitão já vinha cortado...
Mais um ano de Pinguins e de novo a repetição do ano passado... desta vez na volta, ou seja uma noite extra, desta vez em Mirandela.
Seguem algumas fotos da Concentração e da viagem de regresso, com a estação de serviço de Mirandela, na IP4, já com muita neve. Cerca de uns 30 quilómetros a oeste já a estrada estaria bloqueada. Estavamos todos juntos nessa área de serviço - o Rui Leite, Santos, Reis, Rocha, Gabriel, João e eu - e ouvíamos notícias muito contraditórias e pessimistas. A mais fiável sentenciava que a IP4 estava cortada um pouco mais à frente, informação dada por um elemento do Moto Clube do Vale do Sousa que estava em contacto com a GNR (penso que também ele pertence à GNR).
O Santos, o Rocha e o Reis decidem arrancar e, passado uns minutos, o Rui Leite foi atrás. Diziam que quanto mais tarde, com a noite, seria pior. Eu pensava que se era para ficar retido seria preferível penar na área de serviço e como tal, fiquei com o Gabriel e o João.
Mas após trocas de impressões e com novas informações de probabilidade de passagem, também arrancamos rumo a casa e cerca de 15 quilómetros à frente cruzamo-nos com o Santos, Rocha e o Reis que nos fizeram sinal de não ser possivel a passagem. Resignados, demos a volta e fomos ter com eles. O Rui Leite é que não estava e quando perguntei por ele, disseram que o encontraram e que este insistiu na passagem rumo ao Porto. Por telefone percebi que deve ter havido um mal entendido porque o Rui Leite pensou que o grupo do Santos ia tentar passar, quando na realidade voltou em direcção a Mirandela. O certo é que o Rui Leite seguiu até ficar bloqueado na subida para o Alto do Pópulo e daí nem para a frente nem para trás tal o gelo na estrada que não permitia voltar para Mirandela. Mais tarde conseguiu boleia até ao restaurante onde estavamos todos e a CBR 1100 XX ficou estacionada na IP4.
Mais tarde, no final do jantar, o Rui Leite ainda foi ao local onde estava a moto, numa alucinante viagem de carro de um primo do Santos, que tentou dar um lição de condução aos Finlandeses Voadores dos Mundiais de Rallys. Mas como era impossível resgatar a XX, esta dormiu toda a noite no IP4 sózinha e ao frio.
Apesar disso, na manhã de segunda-feira pegou à primeira. Após uns quilómetros decidimos seguir pela A24 e A7. Sentimos de novo muito frio, muito nevoeiro e gelo no meio da estrada. Sem percalços, após a área de serviço do Alvão o tempo começou a ficar limpo e sentimos o sol a aquecer o corpo.
O que vale é que com esta média, para o ano o nevão é na terça-feira seguinte ao regresso dos Pinguins (2009 foi na sexta, 2010 no domingo,...) mas após 16 anos de Pinguins, com viagens sempre pela IP4, à minima notícia de neve sigo pela A25.

Um grande abraço
Sérgio Pinto da Costa

Fotos tremidas, desfocadas mas cheias de espírito motociclista de seguida.


Depois da neve, AG, ferry e comboios

Aproveitamos para recordar que as inscrições para o Passeio a Macinhata do Vouga – PROestima para domingo, 24, já estão abertas.
E que nesta 6ª feira, 15 de janeiro, temos Assembleia Geral na sede do clube.
Aparece que é uma boa altura para debater questões.











Posted by Nestov

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