Mais uma crónica do nosso Director-executivo, Ernesto Brochado, de uma incursão das "tropas" do Moto Clube do Porto, ao Alentejo.
MC Porto num Alentejo gélido
02-12-2008
Uns a passear, outros a hibernar
Foi num Alto Alentejo hibernante que a caravana de 45 mototuristas em 25 motos passearam no fim de semana prolongado de 29 de Novembro a 1 de Dezembro de 2008. O tempo gélido foi tema dominante do evento e que fez com que se fechassem portas, janelas e postigos de todas as casinhas brancas de Nisa a Campo Maior, mudando o habitual cenário da região, conhecida por ter sempre alguns idosos bem alapados ao sol num modo de vida muito suigéneris.
Foto: Como sempre o belo elemento feminino presente nas passeatas do MCP.
Depois de um primeiro dia chuvoso a até com algum gelo na A1 (!), que fez com se atalhasse o percurso da tarde, prescindindo das estradecas bucólicas de Montalvão e Póvoa e Meadas, a caravana – enregelada - almoçou bem em Nisa e refugiou-se cedo na residencial de Castelo de Vide. O nosso italiano Mariano Sarno regressou à Invicta ainda no início da viagem pois está-se a iniciar nestas lides e o seu equipamento está aquém de aguentar com semelhante invernia.
Foto: Ora digam lá se no Moto Clube do Porto não há muita "coltura"?
Mas as nuvens foram-se e o sol começou a dar outra magia a partir do segundo dia do passeio, premiando a disciplina e pontualidade deste excelente grupo, animado, divertido e coeso, que nunca deixou partir a longa fila de motos. Assim sim!
Apesar dos termómetros marcarem constantemente dois negativos e ninguém meter o nariz na rua, os nossos mototuristas foram saboreando um Alentejo verde e deserto. As vistas do cimo do castelo Marvão estavam soberbas. Aguardamos as fotos da Arminda Paparazzi, nomeada fotógrafa oficial do evento, para aqui as publicar.
Frio na estrada, calor à mesa
Em Campo Maior, foi a custo que se conseguiu que nos abrissem a Capela dos Ossos. Mas abriram. É sempre estranho observar-se esta pouco cumum forma de enfeitar um templo religioso, forrado por dentro a caveiras e fémures. E com as ruas alvas e desérticas – nem os cães se viam – as motos lá continuaram por Arronches até ao refúgio de Castelo de Vide.
Para compensar o frio de rachar, as refeições foram de truz. Mas que bem se comeu. Viva o Alentejo! O terceiro e último dia fez as motos descerem algo a sul, a Alter do Chão, e trepadela obrigatória ao miradouro de Alter Pedroso, com visibilidade a 360 graus bem ampla e longínqua, já que as ruínas do castelo estão num cume plantado no meio da planície.
Um regresso sereno trouxe a comitiva à Invicta, terminando três dias a 100% de muito passear, melhor comer e ainda melhor conviver.
Poted by Nestov em: www.motoclubedoporto.pt
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